2014
Há 9 anos
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
PALAVRAS...
...” É preciso descobrir outra maneira de falar do vinho, simultaneamente democrática, aberta, que envolva as pessoas mas que seja ao mesmo tempo objectiva “…
Jonathan Nossiter, autor de Mondovino, O Gosto e poder no mundo do vinho
Jonathan Nossiter, autor de Mondovino, O Gosto e poder no mundo do vinho
VINHOS...
PROVA VERTICAL DOS RESERVA ESPECIAIS DA CASA FERREIRINHA – 1962, 1974, 1977, 1980, 1984, 1986, 1989, 1990, 1992, 1994, 1996, 1997, 2001- Inesquecível é o que eu posso dizer de mais esta grande prova da Casa Ferreirinha, já tinha tido a oportunidade, de em prova vertical, provar todos os Barca Velha das décadas de 80 e 90, também tive a oportunidade de fazer uma prova de alguns emblemáticos Porto Vintage da Casa Ferreirinha, ambas dirigidas pelo antigo responsável pela enologia José Maria Soares Franco, mas esta prova dos Reserva Especiais, dirigida pelo actual responsável dos vinhos da Casa Ferrerinha, o enólogo Luís de Sotto Mayor, com a ajuda do novo braço direito António Braga ( " futuro " responsável pelos vinhos desta casa ), foi única e inesquecível, provei 13 vinhos incluindo o mais recente 2001. Pelo que nos foi dito por Luís de Sotto Mayor, só não provámos o 1º Reserva Especial o de 1960, porque a Casa Ferrerinha não tinha nenhuma garrafa em condições de ser provada, conseguiram adquirir algumas ao distribuidor do Brasil e também num leilão em Portugal ( soube – o após a prova ), mas como tinham efectuado a substituição das rolhas, o vinho quando passa por este processo tem de esperar alguns meses até estar de novo em forma, por este motivo não foi provado.
Mas passemos á prova, começámos pelo 1962 e que surpresa para um vinho com 47 anos, côr atijolada, muitíssimo complexo, aromas com algum iodo, ligeiro couro, uma prova de boca com uma excelente acidez e um final muito longo, veio o 1974 ( ano emblemático para Portugal, ano de uma revolução quer no país, quer na Casa Ferreirinha, ficámos a saber que na década de 70 se iniciou o arranque e replantação de novas vinhas e ficou explicado o porquê de tão poucos Barca Velha ou Reservas especiais na década de 70 ) este vinho também era uma novidade para mim, e também me marcou, cor atijolada, ligeiro aroma a garrafa, muito complexo, equilibrado, prova de boca com boa acidez e muito longo, de seguida vem o 1977 e este marcou – me pela diferença aromática em relação aos restantes, côr atijolda, aromas balsâmicos e caixa de tabaco muito agradáveis a marcar e muito o aroma, muito complexo, grande acidez, muito longo, grande prova de boca, o 4º vinho provado era só… o muito esperado, por mim e por todos quantos estavam nesta prova, o “ BARCA VELHA DO ENGANO “ ( como lhe chamou Luís de Sotto Mayor ), e porquê ???, foi o único engano do grande criador deste “ MITO “, Fernando Nicolau de Almeida, engarrafou – o como Reserva Especial e devia ter sido um BARCA VELHA, mas devia mesmo, porque este é mesmo de outro campeonato, côr atijolada, muito complexo, balsâmico, longooo, longooo…inesquecível, dos melhores “ BARCA VELHA “ que provei.
Depois de uma ligeira pausa para respirar…chegou o 1984, um ano que me marcou, e que espero voltar a provar em breve, côr vermelha, boa profundidade, balsâmico, caixa de tabaco, muito longo…o 1986 tinha cor vermelha com boa profundidade, complexo, balsâmico, caixa de tabaco, prova de boca cheia, boa acidez e longo, boa surpresa, o 7º vinho foi o 1989 e este foi um vinho curioso, mal amado por alguns e misterioso para mim, porque chegou ao mercado depois do 1990 e houve muitas dúvidas no fato ( rótulo ) a vestir - lhe, mas quanto a mim é um bom exemplar dos reservas especiais, côr atijolada, aroma complexo, muito fino e subtil em relação aos anteriores, elegante e longo, o 1990 apresentou – se com uma côr atijoldada, não tem a complexidade dos anteriores, equilibrado, mas não foi dos meus preferidos, o 1992 foi o 9º vinho, apresentou – se com côr vermelha, profundo, fechado, ligeiro couro, boa acidez, cheio e longo, o Nº 10, bem… “ o Nº 10 no futebol geralmente, veste o melhor jogador da equipa “, mas aqui nem se trata disso, mas este pode mesmo vir a ser “ o melhor jogador “ dos reservas especiais, a par do 1980, é que este 1994 surpreendeu – me pela positiva, para mim é mais um “ BARCA VELHA DO ENGANO “, apresentou – se de côr vermelha profunda, fechado, balsâmico ???, vamos esperar por ele e provar novamente daqui a alguns anos, talvez nos surpreenda e… muito, agora chega – nos o 1996, outro ano marcante para mim, o ano do nascimento da minha filha e também a última colheita em que foi utilizado carvalho nacional, quer nos BARCA VELHA OU RESERVA ESPECIAL, vermelho profundo, complexo, balsâmico, ainda jovem e fresco, boa fruta, final irreverente…próprio deste ano e não apenas nos vinhos…, o 12º vinho é o reserva especial de 1997, o primeiro vinho destas duas marcas ( Barca Velha ou Reserva Especial ) a utilizar carvalho francês, esta mudança deveu – se apenas á escassez de carvalho nacional, uma pena, mas também é revelador do cuidado que temos com o nosso parque florestal, já agora uma pergunta, quantos hectares de carvalho nacional se plantavam, com metade da verba gasta nos estádios de futebol, que estão agora “ ás moscas “ ???, mas passemos á prova, este 1997 apresentou – se vermelho com o bordo ligeiramente atijolado, complexo, muito, muito equilibrado e cheio, este deixa – me a pensar o que será daqui a 20 anos…agora passemos ao 13º e último, o que me deixa triste por esta prova estar a terminar, é daquelas que vou guardar na minha memória para sempre, como guardei a que fiz há anos dos Barca Velha das décadas de 80 e 90, são únicas e completaram – se, este reserva especial de 2001 é vermelho, profundo, muito complexo, e o mais elegante e equilibrado de todos os vinhos aqui provados, vamos esperar por ele…
P.S.»»» Acabei de conseguir adquirir uma garrafa do Reserva Especial Ferreirinha de 1960 ( o primeiro Reserva Especial e o que me faltava provar ) a um preço muito justo, vou prová – la em breve e publicarei a nota de prova, ficarei com o pleno dos reservas Especiais e com um sonho concretizado.
Abraço e BOAS PROVAS
Mas passemos á prova, começámos pelo 1962 e que surpresa para um vinho com 47 anos, côr atijolada, muitíssimo complexo, aromas com algum iodo, ligeiro couro, uma prova de boca com uma excelente acidez e um final muito longo, veio o 1974 ( ano emblemático para Portugal, ano de uma revolução quer no país, quer na Casa Ferreirinha, ficámos a saber que na década de 70 se iniciou o arranque e replantação de novas vinhas e ficou explicado o porquê de tão poucos Barca Velha ou Reservas especiais na década de 70 ) este vinho também era uma novidade para mim, e também me marcou, cor atijolada, ligeiro aroma a garrafa, muito complexo, equilibrado, prova de boca com boa acidez e muito longo, de seguida vem o 1977 e este marcou – me pela diferença aromática em relação aos restantes, côr atijolda, aromas balsâmicos e caixa de tabaco muito agradáveis a marcar e muito o aroma, muito complexo, grande acidez, muito longo, grande prova de boca, o 4º vinho provado era só… o muito esperado, por mim e por todos quantos estavam nesta prova, o “ BARCA VELHA DO ENGANO “ ( como lhe chamou Luís de Sotto Mayor ), e porquê ???, foi o único engano do grande criador deste “ MITO “, Fernando Nicolau de Almeida, engarrafou – o como Reserva Especial e devia ter sido um BARCA VELHA, mas devia mesmo, porque este é mesmo de outro campeonato, côr atijolada, muito complexo, balsâmico, longooo, longooo…inesquecível, dos melhores “ BARCA VELHA “ que provei.
Depois de uma ligeira pausa para respirar…chegou o 1984, um ano que me marcou, e que espero voltar a provar em breve, côr vermelha, boa profundidade, balsâmico, caixa de tabaco, muito longo…o 1986 tinha cor vermelha com boa profundidade, complexo, balsâmico, caixa de tabaco, prova de boca cheia, boa acidez e longo, boa surpresa, o 7º vinho foi o 1989 e este foi um vinho curioso, mal amado por alguns e misterioso para mim, porque chegou ao mercado depois do 1990 e houve muitas dúvidas no fato ( rótulo ) a vestir - lhe, mas quanto a mim é um bom exemplar dos reservas especiais, côr atijolada, aroma complexo, muito fino e subtil em relação aos anteriores, elegante e longo, o 1990 apresentou – se com uma côr atijoldada, não tem a complexidade dos anteriores, equilibrado, mas não foi dos meus preferidos, o 1992 foi o 9º vinho, apresentou – se com côr vermelha, profundo, fechado, ligeiro couro, boa acidez, cheio e longo, o Nº 10, bem… “ o Nº 10 no futebol geralmente, veste o melhor jogador da equipa “, mas aqui nem se trata disso, mas este pode mesmo vir a ser “ o melhor jogador “ dos reservas especiais, a par do 1980, é que este 1994 surpreendeu – me pela positiva, para mim é mais um “ BARCA VELHA DO ENGANO “, apresentou – se de côr vermelha profunda, fechado, balsâmico ???, vamos esperar por ele e provar novamente daqui a alguns anos, talvez nos surpreenda e… muito, agora chega – nos o 1996, outro ano marcante para mim, o ano do nascimento da minha filha e também a última colheita em que foi utilizado carvalho nacional, quer nos BARCA VELHA OU RESERVA ESPECIAL, vermelho profundo, complexo, balsâmico, ainda jovem e fresco, boa fruta, final irreverente…próprio deste ano e não apenas nos vinhos…, o 12º vinho é o reserva especial de 1997, o primeiro vinho destas duas marcas ( Barca Velha ou Reserva Especial ) a utilizar carvalho francês, esta mudança deveu – se apenas á escassez de carvalho nacional, uma pena, mas também é revelador do cuidado que temos com o nosso parque florestal, já agora uma pergunta, quantos hectares de carvalho nacional se plantavam, com metade da verba gasta nos estádios de futebol, que estão agora “ ás moscas “ ???, mas passemos á prova, este 1997 apresentou – se vermelho com o bordo ligeiramente atijolado, complexo, muito, muito equilibrado e cheio, este deixa – me a pensar o que será daqui a 20 anos…agora passemos ao 13º e último, o que me deixa triste por esta prova estar a terminar, é daquelas que vou guardar na minha memória para sempre, como guardei a que fiz há anos dos Barca Velha das décadas de 80 e 90, são únicas e completaram – se, este reserva especial de 2001 é vermelho, profundo, muito complexo, e o mais elegante e equilibrado de todos os vinhos aqui provados, vamos esperar por ele…
P.S.»»» Acabei de conseguir adquirir uma garrafa do Reserva Especial Ferreirinha de 1960 ( o primeiro Reserva Especial e o que me faltava provar ) a um preço muito justo, vou prová – la em breve e publicarei a nota de prova, ficarei com o pleno dos reservas Especiais e com um sonho concretizado.
Abraço e BOAS PROVAS
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